terça-feira, 7 de setembro de 2010
G.P. Credito Agrícola – Costa Azul
A primeira etapa ligou Sines – Sines, em 170,5 quilómetros que foram concluídos a média de 41klm/h, na disputa pelo sprint final, e depois de algum malabarismo nos metros finais consegui um 2º lugar, atrás de Samuel Caldeira(Tavira) o vencedor do dia e 1º camisola amarela.
CLASSIFICAÇÕES
Etapa: Sines – Sines, 170,5 km (Média: 40,885 km/h)
Pto Nome Equipa hh:mm:ss Bon
1º CALDEIRA, Samuel POR PALMEIRAS R-PRIO 4:10:13 10″
2º SARAIVA, Bruno POR LOULÉ-LOULETANO mt. 6″
3º CARVALHO, António POR MORTÁGUA-BASI mt. 4″
4º SANCHO, Bruno POR LA-ROTA DOS MÓVEIS mt.
5º SOEIRO, Pedro POR LOULÉ-LOULETANO mt.
Geral Individual hh:mm:ss
1º CALDEIRA, Samuel POR PALMEIRAS R-PRIO 04:09:57
2º SARAIVA, Bruno POR LOULÉ-LOULETANO a 10
3º CARVALHO, António POR MORTÁGUA-BASI a 12
4º PINTO, Edgar POR LA-ROTA DOS MÓVEIS a 13
5º METCALFE, Tomas GBR PALMEIRAS R-PRIO a 13
A segunda etapa seria teoricamente a mais complicada, pois contava com 3 prémios de montanha, com partida e chegada a Grândola num circuito de 145,6 quilómetros, nas passagens no alto da serra de Grândola, apesar das varias tentativas de fuga e até mesmo de escaramuças pelas passagens nas subidas, foi em pelotão que se discutiu a etapa, desta vez a sorte não esteve do meu lado e a 500 metros do risco final, um toque de um colega na minha roda traseira, fez com que se partisse alguns raios impedindo-me de lutar pela discussão da etapa e das bonificações, o que me fez saltar para o 4º posto da geral individual. Como existe uma regra, que beneficia quem tiver qualquer avaria mecânica ou queda nos últimos 3 quilómetros de uma chegada plana, dando o mesmo tempo do grupo onde seguia, na meta, ficando eu assim com o tempo do Sérgio Ribeiro(barbot),vencedor da etapa, mantendo-se a amarela com o Samuel Caldeira (Tavira).
2ª etapa: Grândola – Grândola, 145,6 km Média de 42,428 km/h
1º RIBEIRO, Sérgio POR BARBOT SIPER 3:25:54 10″
2º CALDEIRA, Samuel POR PALMEIRAS R-PRIO mt. 6″
3º SANCHO, Bruno POR LA-ROTA DOS MÓVEIS mt. 4″
4º CUNHA, Marco POR MADEINOX BOAVISTA mt.
5º PINTO, Edgar POR LA-ROTA DOS MÓVEIS mt.
Geral individual
1º CALDEIRA, Samuel POR PALMEIRAS R-PRIO 07:35:45
2º RIBEIRO, Sérgio POR BARBOT SIPER a 07
3º SANCHO, Bruno POR LA-ROTA DOS MÓVEIS a 15
4º SARAIVA, Bruno POR LOULÉ-LOULETANO a 16
5º CARVALHO, António POR MORTÁGUA-BASI a 18
A ultima etapa era um circuito de 3 voltas com partida e chegada a Santiago do Cacém num total de 132,7 quilómetros, apesar do terreno ser algo sinuoso, a equipa do líder esteve sempre muito sólida na defesa da camisola, nunca deixando partir uma fuga numerosa ou com alguém que estivesse na luta pela geral. Levando assim o pelotão para a discussão da etapa, onde Samuel Caldeira bisou, vencendo em cima do risco a Sérgio Ribeiro sobrando-me o 3º lugar na etapa, que com a bonificação me levou ao 3º lugar da Geral Individual. Um destaque também para os meus colegas de equipa que tudo fizeram para que eu estivesse sempre nas melhores condições para discutir as etapas, e ainda conseguindo lugares de destaque que nos valeu a vitória por equipas.
3.ª Etapa: Santiago do Cacém – Santiago do Cacém, 132,7 km (Média: 39,800 km/h)
Pto Nome Nac Equipa hh:mm:ss Bon
1º CALDEIRA, Samuel POR PALMEIRAS R-PRIO 3:20:03 10″
2º RIBEIRO, Sergio POR BARBOT SIPER mt. 6″
3º SARAIVA, Bruno POR LOULÉ-LOULETANO mt. 4″
4º COELHO, Marco POR LIBERTY -C.RURAL mt.
5º SANCHO, Bruno POR LA-ROTA DOS MÓVEIS mt.
Geral Individual
Pto Nombre Nac Equipo hh:mm:ss
1º CALDEIRA, Samuel POR PALMEIRAS R-PRIO 10:55:36
2º RIBEIRO, Sergio POR BARBOT SIPER a 10
3º SARAIVA, Bruno POR LOULÉ-LOULETANO a 24
4º SANCHO, Bruno POR LA-ROTA DOS MÓVEIS a 27
5º PINHO, Celestino POR LOULÉ-LOULETANO a 28
6º CARVALHO, Antonio POR MORTÁGUA-BASI a 30
7º PINTO, Edgar POR LA-ROTA DOS MÓVEIS a 31
8º SOEIRO, Pedro POR LOULÉ-LOULETANO a 32
9º RODRIGUES, Vitor POR LIBERTY -C.RURAL a 32
10º SOUSA, Rui POR BARBOT SIPER a 32
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Circuitos pós Volta
Como é da praxe, o final do mês de Agosto é composto a nível de competição com os circuitos festivos das “terrinhas”.
Como é da praxe, o final do mês de Agosto é composto a nível de competição com os circuitos festivos das “terrinhas”.
No dia 21 de Agosto, corri no XXª edição do Circuito de São Bernardo, em Alcobaça, em 30 voltas (75 klm). Consegui estar presente na fuga do dia, composta por 15 ciclistas, que discutiram a prova. Quem mais sorriu foi o Samuel Caldeira (Tavira) com a sua vitória. Bruno Sancho (Paredes) foi segundo e eu fiquei-me pelo 3º lugar, que até foi um bom indicativo, visto que não competia a cerca de um mês. Ainda houve lugar para o meu colega Daniel Silva vencer o prémio de montanha.
No dia seguinte correu-se o Circuito da Malveira composto por 35 voltas, no qual Samuel Caldeira bisou. Esta prova foi, também, discutida através de uma fuga. Como não consegui integrar a fuga, restou-me esperar por as provas da tarde que se realizaram na pista, onde consegui ser 2º na prova de critério, atrás de Bruno Lima (Barbot). Esta prova consiste em sprintar a cada 5 voltas, obtendo pontos através das 4 primeiras posições de cada sprint, nas 20 voltas que compõe esta prova.
A 23 de Agosto realizou-se o dito circuito mais fácil, Circuito da Moita, pois não conta com qualquer tipo de dificuldade geográfica, por norma corrido a alta velocidade e com uma chegada em pelotão compacto. A maior dificuldade foi mesmo a chuva que se fez sentir nos quilómetros finais, que deixaram a estrada muito escorregadia, com uma curva final muito apertada e para evitar alguma queda mais grave, hesitei na velocidade o que me valeu o 5º lugar final. A vitoria foi para Marco Cunha (Boavista) que arriscou com sucesso.
50.ª edição do Circuito de Nafarros, disputou-se no dia 30 de Agosto. Aqui eu estaria a correr praticamente em casa, e frente a todos os que me apoiam. Obviamente que esperava obter um bom resultado, e desde cedo tentei. O desenrolar da corrida até me beneficiaria e as sensações eram boas, mas perto da entrada para a ultima das 8 voltas e com muitas movimentações na frente da corrida as pernas começaram a deixar de responder… Enfurecido com o que me estava a acontecer abandonei a corrida. Sinceramente não encontro explicação para a má prestação da minha parte. Agora há que continuar e esperar por melhores dias. A vitoria sorriu ao Edgar Pinto (Paredes).
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Fotos
a refrescar as ideias, no ultimo dia do GP Joaquim Agostinho, do duro circuito de Torres Vedras.
Fuga no 2º dia da Volta ao Minho
Fuga na 3ª etapa da Volta ao Alentejo
~
Momentos antes da partida do Campeonato nacional, o apoio incondicional da minha namorada sempre importante para mim!
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Maratona a Fátima
á partida, com boa cara!
em Fátima:
á chegada, muitas horas depois!
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Fim de semana em Tavira
O meu regresso fez-se nas clássicas de Tavira, que marcaram o fim de semana em 3 dias de competição, sendo o primeiro deles na sexta feira, no I Challenge Tavira, um circuito urbano de 20 voltas a totalizar 60 quilómetros, as sensações foram boas, consegui estar sempre na frente da corrida, acabando na 4ª posição, no 2º lugar ficou o meu colega Pedro Soeiro que chegou isolado com o vencedor Sérgio Sousa.
No Sábado foi discutida a ultima prova pontuável para a taça de Portugal, Clássica do Alpendre, onde o vencedor foi Cândido Barbosa, ele que liderava a taça desde a primeira prova, ficamos pelo 4º e 8º através do Pedro Soeiro e do César Quiterio.
Domingo a Clássica do Sotavento num percurso muito sinuoso algo semelhante ao do dia anterior, desde cedo se viu como iria ser o final da etapa quando uma fuga numerosa ganhou alguma vantagem, e onde as equipas profissionas se faziam representar com elementos capazes de discutir a vitoria, mais uma vez o Pedro Soeiro esteve muito bem, o que lhe valeu o 2º lugar na etapa.
Pessoalmente foi um fim de semana tranquilo, sem grande stress, apesar de sentir que a minha condição física esta a melhorar, notei talvez um pouco de falta de ritmo devido ao tempo que parei, agora é continuar a trabalhar para encarar as próximas competições com outra ambição.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Volta as Asturias
Subida a Naranco
segunda-feira, 26 de abril de 2010
50ª Volta a Rioja
sábado, 24 de abril de 2010
GP Lodio
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Volta a Albergaria
Disputou-se no passado domingo a Volta a Albergaria num percurso acidentado de 158 quilómetros, que contava para a Taça de Portugal.
A corrida foi sempre controlada pela equipa do Tavira, pois são líderes do troféu, uma corrida sempre muito atacada, onde a minha equipa esteve sempre bem representada na frente, vencendo o prémio de montanha através do Bruno Pinto. Com o pelotão agrupado no quilómetros finais adivinhava-se uma chegada ao sprint, mas um ataque do jovem ciclista Francisco Costa da equipa Aluvia-Valongo já a caminho do último quilómetro surpreendeu o pelotão que não mais o consegui alcançar, sem grandes hipóteses de chegar a vitoria decidi não arriscar em demasia na ultima curva, devido ao piso escorregadio que se apresentava ficando-me pelo 9º lugar da prova.
STEVENS já eras
Depois dos problemas que tivemos com o quadros, que literalmente se partiram, na ultima competição (Volta a Maia) e sem que a marca nos apresentasse grandes alternativas, a equipa foi obrigada a uma manobra de emergência, sendo que a partir de agora, sejamos utilizadores das bicicletas Bianchi, marca italiana representada em Portugal por Jorge Baeta, que rapidamente nos facultou ajuda, certo é que utilizamos as bicicletas pela primeira vez nesta competição, o que se tornou algo complicado, mas de certo que ultrapassada esta fase tudo será melhor.
terça-feira, 6 de abril de 2010
LAKE CX 401
É com muita satisfação que publico o meu último patrocínio a nível pessoal, numa parceria com a empresa ROTAPRO, importadores da marca LAKE, entre outras, em Portugal!
Para a época de 2010 a ROTAPRO facultou-me o modelo CX 401, o topo de gama da marca de sapatos de ciclismo líder nos Estados Unidos e Canadá, e que agora se vem implantando na Europa. Este modelo é também usado pela equipa Cervelo Test Team, tendo Carlos Sastre como principal figura.
Este modelo de sapato para alem da leveza, é tecnologicamente preparado para qualquer tipo de condição climatérica, sendo refrigerado na sola, transpirável e impermeável no couro. Tem a grande particularidade do próprio sapato ser moldável no calcanhar e sola, tornando-se super confortável quando é personalizado ao utilizador.
Material de confecção:
K-LITE : revestido a pele de canguru que é o couro mais leve mais resistente e duradouro, preparada para um maior conforto, especialmente contra o aquecimento dos pés.
LAKE SKINS: Tratamentos do couro para qualquer tipo de meteorologia, fazendo com que sejam frescos, respiráveis e ao mesmo tempo impermeáveis.
Tecnologia Outlast SmartFabric: que trabalha a um nível microscópico
para manter a constante temperatura da pele. Este
age como um tampão contra as extremas temperaturas geradas durante a elevada actividade.
O resultado é mais frio ou quente, dependendo da necessidade do seu corpo, mais seco, menos suado, pés mais confortáveis.
BOA: sistema mecânico de um micro cabo que ajusta o aperto do sapato uniformemente.
www.rotapro.pt
http://www.wix.com/vitorbjr/rotapro
Um agradecimento especial;
Sr. Vítor Bastos e Sra. Emília Bastos, pelo apoio e disponibilidade prestada.
domingo, 4 de abril de 2010
3ª Etapa
Á vitoria na etapa juntamos a camisola da montanha pelo Celestino Pinho e os 6º e 8º lugar na geral individual por parte do Cabreira e do Zaballa.
2ª Etapa Volta a Maia
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Volta a Maia 1ª Etapa
segunda-feira, 15 de março de 2010
Fim de semana em cheio!
No Sábado dava-se inicio a Volta a Albufeira, numa jornada dupla, com uma etapa de manhã e outra de tarde. Com inicio em Albufeira e chegada a olhos de água 88,7 quilómetros depois foi uma etapa muito movimentada, em que nos tentamos sempre colocar homens importantes nas fugas, eu o João Cabreira, Celestino Pinho e o Bruno Pinto integramos durante alguns quilómetros uma fuga de 20 ciclistas que com algumas movimentações se foi desorganizando saindo dali o grupo de 6 unidades que viria a discutir a vitoria da etapa, chegando com 1:50 de vantagem para o pelotão, o Celestino chegaria em 2º lugar atrás do Sérgio Sousa da Madeinox-Boavista.
Para a Etapa da tarde esperava-nos 63,4 quilómetros entre Paderne e Ferreiras, coma equipa do líder sempre no controle das movimentações pouco nos havia a fazer, visto a chegada não beneficiar muito o Celestino tive a oportunidade para tentar eu uma boa classificação, ficando-me pelo 4º lugar, na vitoria do Cândido Barbosa do Tavira.
Visto que os primeiros lugares estavam todos presos por segundos, tudo o que poderíamos fazer era aproveitar as bonificações de tempo das metas volantes e da chegada. A prioridade era resguardar o Celestino e leva-lo da melhor forma há procura dos segundos de bonificação, depois de um esforço inglório para a conquista de alguns segundos na meta volantes, restava-nos arriscar tudo para a chegada, e assim foi, colocando-o sempre na frente e lançando-o no metros finais, eis que com o 3º lugar na etapa e visto que nenhum dos mais directos adversários conseguiu bonificar na chegada, ganhamos o premio através do Celestino com um grande trabalho de equipa!
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
5ª Etapa Volta ao Algarve
sábado, 20 de fevereiro de 2010
4ª Etapa
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
3ª Etapa
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
2ª etapa da Algarvia
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
1ª Etapa Volta ao Algarve
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Entrevista ao www.desporto24.pt
Bruno Saraiva- “Só com um grupo unido se conseguem vitórias”
Em 2009 fez a sua estreia no profissionalismo e mesmo a rematar o ano conquistou o primeiro triunfo em Elites. Especialista na arte do "sprint", Bruno Saraiva contou ao Desporto24 como foi o primeiro impacto com o novo escalão, como viveu a sua primeira vitória de profissional e que perspectivas acalenta para a temporada que agora arranca.
Entrevista: |
Aos quatro anos aprendeu a pedalar e aos 15 iniciou-se na competição. Por detrás da resolução estava a apetência pela modalidade, mas também uma paixão que foi crescendo, ano após ano, pelo ciclismo. Aos 24 anos, e com uma carreira construída pedalada após pedalada, Bruno Saraiva encara a segunda temporada ao mais alto nível com optimismo, mas sempre com os pés bem assentes na terra.
O 5.º lugar na Prova de Abertura augura boas perspectivas para uma nova época em que a bicicleta continuará a ser a fiel amiga na hora de digladiar os momentos finais de cada etapa ao "sprint".
Desporto 24: Que balanço faz do seu primeiro ano enquanto profissional? Que lições retirou do ano de estreia ao mais alto nível?
Bruno Saraiva: Inicialmente não tive qualquer tipo de pressão. O objectivo passava por me adaptar ao escalão e por ajudar a equipa sempre que pudesse, indo assim de encontro aos objectivos da CC. Loulé/Aquashow. Foi essa forma de encarar as competições que me valeu o “passaporte” para a Volta a Portugal, sem dúvida a melhor experiência desportiva que tive. Tive a percepção que só com um grupo unido se conseguem vitórias. O exemplo disso foi que, depois da adaptação à equipa e a todos os elementos, as vitórias chegaram naturalmente.
D24: Como viveu o seu primeiro triunfo enquanto profissional?
B.S.: Foi gratificante fechar a época da melhor forma. Aliás, todo o conjunto esteve bastante bem nas últimas competições. A corrida que venci foi nos arredores de Paris, numa localidade com muitos emigrantes portugueses, que vibraram tanto com o triunfo quanto nós.
D24: A nível de postura em cima da bicicleta, quais são as principais diferenças entre correr no escalão de Sub-23 e no pelotão de Elites?
B.S.: Obviamente a quilometragem e o ritmo são diferentes, apesar de nos sub-23 as corridas serem mais abertas e atacadas. No escalão de Elite corre-se muito rápido a 1.ª hora de prova, normalmente até haver uma fuga. Depois o ritmo acalma, para se fazer a fase final sempre a grande ritmo.
D24: Foi alvo de alguma praxe no 1.º ano como profissional?
B.S.: Apesar de algumas ameaças no seio do grupo para que isso acontecesse, tal nunca chegou a ocorrer.
“(Em 2010) Espero estar a um grande nível e que as vitórias surjam naturalmente”
D24: Que expectativas acalenta para a temporada de 2010?
B.S.: Depois do ano de 2009 ter servido para me adaptar a um novo escalão, o objectivo para esta temporada passa por estar na disputa dos lugares cimeiros nas etapas ao sprint. Quero começar a impor-me, de forma a me tornar um bom sprinter.
D24: Quais serão os pontos do calendário que vai atacar com mais força?
B.S.: Normalmente entro bem no início da época e como a maioria das competições nesta altura são propícias a chegadas compactas, vou tentar aproveitá-las da melhor maneira.
D24: Pensa que, a nível nacional, as vitórias poderão surgir já em 2010?
B.S.: Trabalhei bastante na pré-época, por isso espero estar a um grande nível e que as vitórias surjam naturalmente já este ano, pois, como tenho dito, quero melhorar e impor-me aos poucos.
D24: Pensa que a saída do Manuel Cardoso para o estrangeiro aumenta as suas hipóteses de poder começar a somar triunfos?
B.S.: O Manuel é o ciclista nacional mais veloz da actualidade. Penso que todos os outros sprinters logicamente vão beneficiar disso. Espero ser um deles.
Os objectivos da equipa
D24: Como define o plantel da CC Loulé/Aquashow? Quais são os principais objectivos da equipa?
B.S.: A equipa reforçou-se muito, principalmente na alta montanha. Sei que os elementos escolhidos – e porque os conheço – não só vêm pelas suas qualidades e pela melhoria de valor que podem dar à equipa na estrada, mas também pela sua parte humana. É muito importante que continue um grupo unido e forte para atingir todos os objectivos.
D24: Depois da excelente prestação do João Cabreira na Volta a Portugal do ano passado, este ano a equipa acredita poder chegar à vitória na prova?
B.S.: Claro que sim. Esse é certamente o principal objectivo da nossa formação, algo muito fácil de perceber ao constatarmos as novas contratações, principalmente com a entrada do Zaballa e do Santi, que darão uma grande ajuda ao João (n.r. Cabreira).
D24: O Jorge Piedade é uma pessoa com quem se aconselha muito?
B.S.: O Jorge é uma pessoa muito acessível, que se preocupa com os seus ciclistas. Ouve-os, aconselha-os e ajuda no que pode.
“Nunca tinha visto um pelotão tão reduzido…Quem mais sofre somos nós”
D24: Como analisa o facto de o pelotão português unicamente comportar cinco equipas?
B.S.: Parece que a crise é a desculpa para tudo, e agora não é excepção. As empresas têm algum medo de investir e sem isso as equipas não surgem. Nunca tinha visto um pelotão tão reduzido…Quem mais sofre somos nós. Os lugares para os ciclistas são poucos e há que dar sempre o nosso melhor, para demonstrar que merecemos aquele lugar. Desejo profundamente que esta situação melhore, pois, caso contrário, poderá ser o fim do ciclismo profissional em Portugal.
D24: Concorda com o facto de, este ano, haver a possibilidade de uma Selecção de Sub-23 marcar presença na Volta a Portugal?
B.S.: As regras admitem isso. Na minha humilde opinião a Volta a Portugal é uma competição de elevadíssima dureza. Eu sei que existem jovens valores em grandes equipas mundiais, mas uma coisa será um jovem fazer uma Volta pela equipa que representa e outra coisa é uma Volta ser corrida por uma equipa jovem, que certamente virá sem grandes ambições.
D24: Na actualidade verifica-se um acréscimo de ciclistas lusos a militarem no pelotão internacional. Esse também é um objectivo que acalenta a curto/médio prazo?
B.S.: Penso que esse é o pensamento de qualquer jovem ciclista. Pessoalmente, a curto prazo, quero muito começar a impor-me nas chegadas massivas e ser um nome a ter em conta. Já a médio prazo tenho o sonho de alinhar numa equipa que me permita participar nas grandes Clássicas da Primavera.
D24: Como vê os mais recentes casos de doping que têm abalado a modalidade?
B.S.: Tudo que sirva para denegrir a imagem do ciclismo é lamentável.
A vocação…e ídolos
D24: Para se ser sprinter tem de se ter alguma loucura. Partilha desta ideia?
B.S.: Para se ser ciclista já se tem de o ser, mas nos sprinters a adrenalina toma conta do momento, fazendo com que sejamos comandados instintivamente nos momentos finais a alta velocidade.
D24: Tem algum ídolo na modalidade? Se sim, qual é o seu maior ídolo a nível nacional e internacional?
B.S.: Admiro o Cândido Barbosa pelas suas qualidades. A nível internacional, e apesar de já não ter corrido em 2009, o ciclista que mais gostei de ver correr foi o Paolo Bettini.
Época 2010
O inicio de época chegou, e depois de uma pré temporada muito fria e com muita chuva, chegam as primeiras corridas no Algarve, mas longe de estar bom tempo! Ontem correu-se a prova de Abertura entre Quarteira e Faro ao longo de 142 quilometros e com um frio tremendo que nos acompanhou durante toda a prova, vencida por Filipe Cardoso agora ao serviço do LA Paredes! Classifiquei-me em 5º lugar, tendo a minha equipa sido a melhor na geral coletiva, vencendo ainda a classificação das metas volantes atraves do Pedro Lopes. A chuva tem nos acompanhado durante estes dias aqui pelo Algarve, esperemos que melhore, pois entre a proxima quarta feira e domingo estaremos a percorrer as estradas do sul, na Volta ao Algarve, com o melhor pelotão de sempre em Portugal.