terça-feira, 28 de abril de 2009

XXIV Vuelta Extremadura






A prova espanhola contou com a participação de quatro equipas portuguesas, uma grega, uma irlandesa, uma colombiana a selecção da Rússia e sete equipas espanholas para fazer os 798,2 quilómetros divididos em 5 etapas.
A primeira etapa com inicio em Moraleja viria desde logo a ordenar as maiores diferenças entre os principais candidatos a geral final, com a chegada em alto de 1ª categoria em Montánchez, 155,1 quilómetros depois. Os primeiros ataques rapidamente surgiram e desde o inicio da etapa as movimentações foram constantes, até que a pouco mais de meio da etapa um grupo de 28 unidades acaba por ganhar vantagem ao pelotão, como todas as equipas estavam representadas na frente por dois elementos, foi natural a despreocupação do pelotão, que acabou por chegar 14 minutos depois do vencedor á chegada, onde cheguei integrado no 59º posto, a minha equipa ia representada a frente da corrida pelo Daniel Silva (9º na chegada a 29 seg.) e Vergilio Neves (22º a 2:10).



A segunda etapa ligava Amendralejo a Amendralejo em 156,9 quilometros, sem grandes dificuldades nesse dia, uma fuga voltou a sair logo cedo, desta feita levava-mos César Quitério na frente, que viria a ganhar a meta volante e o sprint especial, ficando assim empatado com os lideres dessas duas classificações, com a equipa do líder da geral a controlar a etapa, a fuga acabou por ser apanhada a 10 quilómetros da chegada. Numa chegada em pelotão compacto a vitoria sorriu ao Bruno Lima ciclista do Madeinox-Boavista, com Nuno Marta em 5º e eu no 10º posto.

Para o terceiro dia a partida e a chegada seria de Zafra com 173,2 quilómetros muito acidentados com oito montanhas, sendo apenas duas contabilizadas para o prémio de montanha. Partia-mos com o intuito de vencer as metas intermédias, e assim foi, no sprint especial, controlando o pelotão levando o César a vitoria no sprint especial e comigo a fazer segundo, com a intenção de cortar pontos ao mais directo adversário, depois das contagem de montanha, chegaram as metas volantes que levamos de vencidas através do César Quiterio que assim passou a liderar as duas classificações solidamente.
A menos de 15 quilómetros da chegada, haveria uma subida inesperada que acabou por nos tirar as intenções discutir a etapa ao sprint.

Miajadas seria a partida e a chegada da quarta etapa com 158,2 quilómetros, uma etapa que sem ser a montanha de 2ª categoria ao quilometro 65 nada faria prever que fosse complicada, o vento que se fazia sentir fez toda a diferença, com algumas equipas a aproveitarem-se disso e a ir para a frente da corrida, impondo ritmos altíssimos formando abanicos, para a discussão da etapa estiveram apenas 21 ciclistas, onde o melhor representante da minha equipa acabou por ser o César Quitério em 5º e eu em 9º.
Mérida foi o palco final com 154,7 quilómetros, o principal objectivo era segurar a liderança das classificações intermédias, que foi concluído com êxito, mas sempre com a intenção de vencer a etapa, o que não viria a acontecer, já que a 20 quilómetros do final, um corte no pelotão acabou por deixar todos o elementos da minha equipa no segundo grupo. No final penso que se pode fazer um balanço positivo tanto por parte do CCLoulé - Louletano como da minha prestação ao longo dos dias de competição, sempre activos.

sábado, 11 de abril de 2009

Bruno Saraiva com a Biofitness





A partir da presente época conto com o total patrocínio da loja http://www.biofitness.com.pt/ , sedeada em Lisboa e que tem Pedro Bartolomeu como gerente. Pedro é o representante em Portugal das prestigiadas marcas, Vit-o-Best, Overstim´s e GO2. Estas marcas destinam-se á suplementação, nutrição e recuperação de atletas, para todo o tipo de desporto.
Serei acompanhado por estas marcas, na minha alimentação diária, na recuperação e na hidratação entre treinos e competições.



p.s.-desde já um agradecimento especial as entidades envolvidas pela disponibilidade, compreensão e apoio.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Clássicas da Primavera

Foi em Vieira do Minho que se realizou a 1ª prova pontuável para a taça de Portugal, uma competição que contava a partida com 56 ciclistas de sete formações, sendo duas delas espanholas. Tivemos pela frente um traçado com 130 quilómetros, repartidos pelos concelhos de Vieira do Minho e Póvoa de Lanhoso. Pelas características do terreno, sinuoso, e em especial por ter uma contagem de 2ª categoria na inédita subida a Serra da Cabreira a 10 quilómetros da chegada, era de prever que não seria uma etapa para as minhas carateristicas, por isso mesmo era importante fazer algo desde cedo. E assim foi…
“Km 20: Benta e Caldeira continuam na frente com 3m05s sobre o pelotão. Em posição a intermédia, a 1m20s, está um grupo de dez unidades: Tiago Machado e Nelson Rocha (Madeinox-Boavista), Alejando Marque e Henrique Casimiro (Palmeiras Resort-Prio-Tavira), Bruno Saraiva e Daniel Silva (CC Loulé-Louletano-Aquashow), Bruno Barbosa (Fercase-Paredes Rota dos Móveis), Rui Sousa e Hernâni Broco(Liberty Seguros) e Carlos Oyarzun (Supermercados Froiz).”
Ao não haver um entendimento no grupo decidi seguir sozinho…
“Km 35: Só Bruno Saraiva rola em posição intermédia. Duo da frente com 4m40s face ao pelotão, que é liderado pela Liberty Seguros.”
“Km 39: Bruno Saraiva a 4m35s de João Benta e Samuel Caldeira. Pelotão a 5m10s do duo da dianteira.”
Vendo que ia ser uma aventura sem um final feliz acabei por esperar pelo pelotão e aguardar por novas ordens.
“Km 48,3: Aproxima-se a primeira passagem pela meta. Os dois homens da frente dispõem de 5m30s sobre o pelotão, que continua comandado pela Liberty Seguros. Bruno Saraiva já foi alcançado”
Ordens que não tardariam em chegar, e foi então que fui ajudar os elementos da equipa Liberty Seguros na perseguição ao duo da frente.
“Km 80: Diferença baixa para 4m20s.”
“Km 87: A diferença continua a cair, cifrando-se agora em 3m25s. A Liberty Seguros encontrou uma equipa aliada na perseguição, o CC Loulé-Louletano-Aquashow.”
“Km 96: Falta apenas um quilómetro para a segunda passagem na meta e para a entrada na volta final, mais curta mas muito mais dura. Diferença desce para 2m20s.”
A sensivelmente 20 quilómetros para a chegada e depois da fuga ser apanhada, abri literalmente para o lado, como se diz na linguagem do ciclismo e foi um desfrutar das dores de pernas até a linha de chegada, até porque, pouco mais havia a fazer! Santi Peres do Boavista acabou por ganhar a etapa, ficando Eladio Jimenez e Hugo Vítor da minha equipa em 5º e 6º!

LLODIO

Sete dias depois, uma longa viagem até ao País Basco levava-nos á clássica de Llodio, uma prova de um dia, que se torna duríssima, não só por ser desenrolada naquela região montanhosa em 175,5 quilómetros, mas também por ser percorrida debaixo de temperaturas e condições atmosféricas autenticamente invernosas, o frio que se fazia sentir era gélido, debaixo de uma chuva que rapidamente se tornava em granizo. Tive a oportunidade e o privilégio e de correr ao lado de grandes figuras do pelotão mundial, e acabou por ser mesmo Samuel Sanches campeão olímpico, entre os 130 atletas, a levar de vencida a prova da região da sua equipa, na verdade fiquei contente com o meu desempenho, apesar de um modesto lugar(67º) o simples facto de ter terminado umas prestigiada corrida que já conta com 60 edições, e que contou com ciclistas altamente credenciados. Tudo isto contará para a minha evolução!