quarta-feira, 30 de março de 2011

GP Credito Agrícola – Costa Azul

130 Ciclistas de 17 equipas estavam à partida para o GP Internacional Credito Agrícola, para percorrer os 465 quilómetros na região da Costa Azul.

A 1ª Etapa percorrida entre a Quinta do Conde e Setúbal, poderia ser a etapa mais decisiva para a classificação geral, pois tinha uma passagem pelo alto da Serra da Arrábida a menos de 15 quilómetros da meta final. Tinha como objectivo passar o mais na frente possível, não só para poder discutir a etapa, mas também para não ficar arredado de poder lutar pela geral final. Assim foi, apesar de passar no 2º grupo no prémio de montanha da Arrábida, consegui encostar a frente da corrida na descida final. Já dentro dos últimos 500 metros deu-se uma queda que me obrigou a uma travagem, o que me tirou da luta do sprint. Apesar do incidente cheguei no 9º lugar com o mesmo tempo do vencedor, o espanhol Jon Aberasturi (Orbea).


Santiago do Cacém e Ourique foi a ligação que se seguiu. Numa etapa sem grandes dificuldades, adivinhava-se uma chegada em pelotão apesar de a chegada ser numa curta rampa. Houve uma boa colocação por parte da minha equipa no quilómetro final, principalmente na última curva, na entrada dos últimos 200 metros da rampa final. O trabalho do meu colega Enrique Salgueiro, teria sido perfeito, não fosse o Russo Alexey Tsatevich (Katusha), passar pelo Celestino Pinho e por mim nos metros finais, ficando-nos pelo 2º e 3º posto, respectivamente, restando-nos a vitória por equipas na etapa.


A decisão seria entre Sines e Grândola, as metas volantes davam bonificações e tive de tentar amealhar todos os segundos, pois ainda era possível a vitória. Consegui conquistar 4 segundos nas metas volantes, mas precisava de mais, e apostei tudo na chegada final. Talvez tenha ficado “bem colocado demais” pois a 350 metros já ia na frente do pelotão quando ouvi um queda mesmo atrás de mim, e pensei que não podia hesitar. Se abranda-se corria o risco de ficar fechado com os que vinham de trás, arranquei e dei tudo, mas não foi suficiente. A 50 metros estava a ser passado, fiquei-me pelo 8º lugar na etapa, e com o 4º lugar da Classificação Geral Final, que visto o nível da competição é muito bom, não só para mim, mas para toda a equipa, conseguindo ainda colocar o Celestino Pinho no 5º Lugar da Classificação Geral e o 2º lugar por equipas. Sendo a minha equipa uma Equipa de Clube e lutando de igual com equipas Profissionais Continentais como o caso da Rabobank, Katusha ou Orbea, são resultados muito prestigiosos.




Geral Individual Final
1º Filipe Cardoso (Barbot-Efapel), 10h53m13s
2º Samuel Caldeira (Tavira-Prio), a 9s
3º Jon Aberasturi (Orbea), a 11s
4º Bruno Saraiva (Louletano/Loulé Concelho), a 15s
5º Celestino Pinho (Louletano/Loulé Concelho), a 17s
6º Luís Afonso (Liberty Seguros/SM Feira), mt
7º Wilco Keldermen (Rabobank), a 19s
8º Hugo Sabido (LA-Antarte-Rota dos Móveis), mt
9º Hélder Oliveira (Onda-Boavista), a 20s
10º Daniel Mestre (Tavira-Prio), a 21s

segunda-feira, 21 de março de 2011

Troféu Zamora

Com partida e chegada a cidade de Zamora, tivemos 98 quilómetros de percurso. Sendo o pelotão composto por 180 ciclistas, era normal as fugas não resultarem, pois havia sempre alguma equipa descontente com a situação de corrida. A velocidade e as dificuldades do percurso, apesar de não muito selectivo, ia deixando marcas, e com o aproximar da meta, o grupo ia reduzindo, com um grande trabalho por parte dos meus colegas, que sempre me levaram bem colocado, e que iam eliminando diversas tentativas de fuga. A cerca de 5 quilómetros da meta uma ligeira subida serviu para a equipa Russa destronar um ataque, que deixou apenas 15 ciclistas com possibilidade de discutir a vitória. Conseguindo ir no ritmo do grupo da frente, sabia que o maior perigo vinha da equipa de Moscovo, que levava 4 elementos na frente. Já dentro do último quilometro tive de me desdobrar em esforço para responder aos ataques mais decisivos e tentar colocar-me o melhor possível para curva final, que ficava a simplesmente 200 metros da meta. Apesar do esforço foi Leonidas Krasnov (Lokomotiv) a levar a melhor, fiquei-me pelo 2º lugar. No entanto soube-me a pouco depois de tanto esforço meu e por parte dos meus colegas, mas simplesmente os Russos estavam imbatíveis, conquistando ainda o 3º e 5º lugar.A vontade de brilhar e de fazer melhor, leva-me a continuar a trabalhar mais e procurar uma vitoria, já merecida por parte da minha equipa.

Troféu Iberdrola


147 Ciclistas representantes de 21 equipas estavam à partida para os 153 quilómetros com partida e chegada a aldeia de Muelas del Pan. Uma verdadeira clássica, com um acumulado de mais de 2000 metros. As longas rectas daquela província Espanhola na parte inicial eram propícias a muitos ataques, o que se reflecte em alta velocidade (42,3 média final). Um inicio muito rápido que se poderia ter complicado mais, caso o vento fosse mais forte, ainda assim ao quilómetro 10 um furo na minha roda traseira quase me arredava da corrida. As muitas movimentações levaram a que um grupo de 15 unidades fizesse mais de 120 quilómetros isolado na frente, mas que nunca conseguiu uma vantagem maior que 1min e 20!!! Nesse a minha equipa ia bem representada na frente com o Joel Lucas e o Enrique Salgueiro, vencedor do prémio de montanha, grupo esse que foi parcialmente alcançado depois da ultima montanha do dia, conseguindo-se isolar um Russo da Lokomotiv, que acabou por vencer a corrida. Consegui seguir no grupo perseguidor, que ainda tentava lutar pelo 3º posto, mas o final numa subida de 600mts, tornou-se longa demais para mim, tendo me restado a 6ª posição.


terça-feira, 15 de março de 2011

Volta a Albufeira

Como nas edições anteriores disputa-se em 3 etapas, sendo que a novidade deste ano era uma crono-escalada na segunda etapa.
A primeira ligação foi de Albufeira a Ferreiras em 85 quilómetros, sem grandes dificuldades de percurso, esperava-se uma chegada ao sprint, como tal esperei poder estar na discussão da etapa, a minha equipa acreditou e ajudaram-me na colocação final, talvez a chegada fosse mesmo demasiado rápida para mim, com uma recta de 1 quilometro em que a velocidade era altíssima, ainda assim as sensações foram boas e consegui um 3º posto, vitoria para Bruno Lima.

Na tarde de sábado uma crono-escalada de 3 quilómetros entre o Purgatório e a Aldeia dos Matos redefiniu a geral individual, com Sérgio Sousa a ganhar a etapa e a chegar a liderança, num tipo de prova que nada me favorece fiquei-me pela 20ª posição.


Da Guia a Albufeira era a ligação de 100 quilómetros que nos restava. Tal como no primeiro dia mais uma chegada ao sprint se adivinhada, e a partida esperava melhorar o meu 3º lugar do dia anterior, visto ser uma chegada mais complicada e que se adequa mais as minhas características, as sensações eram boas, e durante toda a etapa, não tive outro pensamento se não a chegada, não tendo de me preocupar com mais nada, mas uma hesitação nos últimos 300 metros fez com que fica-se fechado e sem hipótese de uma boa colocação, sem sequer sprintar tive de me contentar com o 9º lugar. Etapa ganha por Helder Oliveira,Geral para Sergio Sousa.



Para o próximo fim de semana espera-nos dois dias de competição por terras espanholas na zona de Zamora, há que tentar dar o melhor e continuar a procurar a vitoria.