segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Abertura


A tradicional prova de abertura, realizou-se numa ligação de 160klm entre Faro e Faro, a equipa tinha como objectivo levar de vencida a corrida por um dos homens rápidos do plantel, desde cedo que tentei salvaguardar a minha equipa na frente da corrida, entrando em alguma fuga que resultasse, a corrida foi sempre muito movimentada (media 44klm/h) onde se adivinhava uma chegada em pelotão compacto, como também já é tradicional nesta prova! Nos últimos 10 klm´s da etapa fui ajudar na perseguição na frente da corrida, tentando ainda levar os meus colegas numa posição melhor há discussão da etapa, já nos últimos metros, as equipas portuguesas foram surpreendidos pelos holandeses da rabobank, que entraram “contudo” na ultima retunda, acabando por fazer os 2 primeiros lugares do pódio, a minha equipa acabou por meter 3 ciclistas nos 10 primeiros, acabando por ser a 3ª melhor equipa. Eu sendo 9º homem a cortar a linha de chegada e mesmo depois do trabalho realizado ao longo da prova, acabo por fazer um balanço positivo á minha primeira prestação como profissional!
Três dias depois começaria a Volta ao Algarve recheada de grandes estrelas do pelotão mundial, devido ao nível da competição, a equipa decide levar apenas os ciclistas mais experientes. O meu regresso a casa, traz-me uma enorme vontade de continuar a trabalhar e a evoluir, preparando assim a próxima competição, que ao que tudo indica será nos dias 6 e 7 de Março, na Volta a Albufeira!

Inicio de época

Com o arranque da nova época a porta, a equipa juntou-se para um pequeno estágio de cinco dias que antecediam a prova de abertura, aproveitando também para fazer a apresentação oficial.
Ciclistas e staff técnico ficaram alojados no luxuoso resort Monte da Quinta, na Quinta do Lago. Desfrutando do bom clima que se fazia sentir no Algarve, os treinos em conjunto iam servindo também para nos irmos conhecendo melhor entre colegas, criando laços que são sempre importantes para o bom funcionamento da equipa ao longo da época.
Os meus primeiros paços como profissional começam a ser dados no seio de uma equipa, experiente e conceituada. O primeiro contacto com os meus colegas, penso que não poderia ter sido melhor, fui muito bem recebido por toda a equipa, sentindo-me integrado desde os primeiros momentos, tendo-se juntado um bom grupo de trabalho, decidido a dar “frutos”!
A apresentação da equipa foi feita junto a Câmara Municipal de Loulé, aos sócios, simpatizantes e imprensa na presença dos responsáveis pela equipa e respectivos patrocinadores. Havendo ainda uma secção fotográfica no conhecido parque aquático e principal patrocinador, Aquashow!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Chegada ao Profissionalismo

Os primeiros passos de um sonho estão a ser dados, com a oportunidade de integrar a equipa do Centro Ciclismo de Loulé, com Jorge Piedade nos comandos técnicos, agora junção feita com o prestigiado Louletano que muita historia tem no ciclismo, o patrocínio principal ficou a cargo da empresa Aquashow, que encontrou o ciclismo como forma de publicar o seu nome. Para este ano o C. C. Loulé conta com um conjunto forte em todos os tipos de terreno, entre 13 atletas, apresenta quatro sprinteres credenciados do pelotão profissional português, onde eu conto aprender o máximo com as suas experiências em chegadas compactas, ajudando-os. Conta-mos também com o campeão nacional de fundo e ainda com o vencedor das duas chegadas em alto da Volta a Portugal de 2007.

Nova Oportunidade




A União Ciclista da Maia surgiu com um projecto sub-23 com Paulo Couto a dar a cara como director desportivo. Apesar da equipa ter certezas que iria para a estrada já depois das principais transferências se concretizarem, conseguiu-se criar um conjunto jovem mas com vontade de crescer no ciclismo. Depois de uma fase de “defeso” com alguma incerteza referente ao meu futuro, a proposta vinda do norte viria na melhor altura, tornando rápida as negociações.
Na equipa contavam comigo, não só por ser o “sprinter de serviço” e obter alguns resultados, mas também por ser dos mais experientes do grupo e ajudar os meus colegas na orientação da corrida. Apesar de correr numa equipa sub-23, este seria o meu primeiro ano como elite, visto fazer 23 anos no mesmo ano. Era primordial uma boa prestação sempre que corresse com o pelotão profissional. Comecei o ano com um segundo lugar na primeira prova da taça e um segundo lugar na clássica da Páscoa em Espanha. Numa primeira fase da época ainda venci a juventude na clássica da primavera, uma prova para elites realizada na Póvoa de Varzim. Sétimo na geral da Taça de Portugal, dois lugares no top-10 na volta a Portugal do Futuro e no troféu RTP, são alguns dos registos ainda com um sétimo posto na chegada a Alcochete no Prémio Crédito Agrícola uma vez mais entre profissionais.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Afirmação






A passagem ao profissionalismo era o objetivo principal neste que seria o meu 4º e ultimo ano como sub-23, sabia que tinha de tentar fazer a melhor época possível, na luta pelos lugares cimeiros na maioria das corridas, dando-me a mostrar o mais possível aos observadores das equipas elites. E foi com essa mesma mentalidade que encarei logo o início de época, com um 4º lugar na prova de abertura, 3º lugar fase de apuramento da taça de Portugal (com 4 provas pontuáveis), 6º da Geral do troféu RTP (com 5 provas pontuáveis ao longo da época), o que me valeu uma chamada á selecção em representação do país no Tour de Gironde em França.
Ainda faltava a “azadara” Volta a Portugal do Futuro, que desta vez sem queda nenhuma me levou ao melhor momento da minha carreira desportiva, quando a 1ª etapa me levou á camisola amarela, mercê das bonificações e do prologo do dia anterior (5º), nunca irei esquecer o dia seguinte, onde se pode dizer que fui o “centro das atenções”, mesmo acabando por a perder no fim da etapa por 1 segundo a liderança, acabo por ficar líder por pontos por mais dois dias, envergando assim a camisola branca. A minha regularidade valeu ainda outra chamada a selecção desta feita para correr na Suiça no GP Tell uma prova que contava para a taça do mundo das nações.
Suficiente para subir ao profissionalismo? Talvez… acabou por surgir uma oportunidade e restou-me negar algumas propostas para continuar no escalão de sub-23, sempre na esperança de que iria pertencer ao mais alto escalão do ciclismo português, as negociações iam se atrasando e as certezas eram poucas, a duvida permaneceu até ao inicio de Novembro quando me informaram que o meu ingresso na equipa interessada seria impossível, e era mais que normal as equipas sub-23 na altura terem os planteis fechados, inclusive a minha actual equipa!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Rumo ao Norte




Para a época de 2006 a oportunidade de representar uma das equipas mais vitoriosas e competitivas do escalão sub-23 a nível nacional, fez-me rumar até ao norte do país em representação da equipa União ciclista de Sobrado que contava com o apoio da empresa de mobiliário Casactiva em parceria com a Quinta das Arcas e a Madeilongo. A união faz a força e este grupo reflectia isso mesmo. A integração no seio do grupo foi muito rápida e a amizade acabou por nos unir e sabíamos que podíamos contar uns com os outros nos momentos cruciais das corridas e os bons resultados não tardaram em aparecer. Com um bom inicio de época, o 5º lugar na geral de 4 provas de apuramento para a taça nacional entre outros, veio um merecido descanso antes da preparação para a importante Volta a Portugal do Futuro, e quando tudo parecia bem encaminhado, uma violenta queda na 2ª etapa deixava-me com um cotovelo fissurado, as dores eram imensas e nem conseguia manter-me na posição de “levantado” em cima da bicicleta. Mas eu queria muito continuar e nada me deteve de ainda assim alcançar por duas vezes lugares no top 10 em etapas e de ajudar a minha equipa sempre que era necessário. De regresso a casa a recuperação era importante, pois ainda iria existir um prémio no final de Setembro, onde consegui estar na discussão de duas etapas e na luta pela camisola da montanha e dos pontos.

Quase Sonho



O aparecimento de uma equipa em Sintra sub-23, tornou com que o meu desejo de defender as cores da minha terra se tornasse realidade, o Sintra clube de ciclismo nasceu do patrocínio do empresário Vítor Lourenço que contou com a experiência e sabedoria de Nuno Sabido para dirigir a equipa, que contava com os melhores corredores do concelho e de algumas regiões de perto, uma equipa nova mas com muita ambição de triunfar. Desde cedo tentei a vitória, sendo o inicio de época uma boa altura para me impor nas principais corridas. A vitória teimava em não aparecer mas os lugares no pódio, conseguidos nas provas da taça na clássica de Guimarães, iam-nos motivando para a continuação do trabalho. A segunda fase da época previa uma boa forma para a Volta a Portugal do Futuro, mas a duas semanas do invento, uma infelicidade, um acidente enquanto treinava deitava tudo a perder, uma clavícula partida, uma cirurgia e um mês sem treinar. Até ao pouco que faltava da época foi um “cumprir calendário”.